segunda-feira, 21 de julho de 2008

Uma historia não contada!


DICA LEGAL DE LIVRO!!
para quem luta contra os preconceitos da socidade e busca igualdade sem hipocrisia.

Livro de Petronio Domingues.




"Uma História Não Contada", de Petrônio Domingues, professor de história na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, ultrapassa a "fronteira" do tempo da escravidão no país para entrar na história que a sucede, que é a do trabalho livre e da exclusão dos ex-escravos. Seu principal objeto é o "racismo à paulista", a segregação do trabalhador negro no período pós-escravidão e a implementação de um projeto de "branqueamento" pelas elites locais. O projeto era explícito e visava à extinção do negro. "Pelas estimativas mais 'confiáveis', o tempo necessário para a extinção do negro no país oscilava entre 50 e 200 anos", escreve Domingues. "Essas previsões eram difundidas, inclusive, nos documentos oficiais do governo."

Domingues utiliza incontáveis fontes, de registros de testes de alfabetização a censos, de memórias de descendentes de escravos à imprensa negra —suas citações sobre estas últimas indicam uma clara consciência do processo de discriminação do negro já no primeiro quartel do século 20, sendo que algumas dessas formas, como o "prefere-se branco" dos anúncios de emprego, sobreviveram, ainda que levemente atenuadas (sob a forma da exigência de "boa aparência").

Ao apontar o "branqueamento" da cidade (pelo censo de 1872, 37,25% da população era negra; em 1893, 11,1%), Domingues acredita que, mais que a realidade, o resultado refletia um desejo da elite: "No cruzamento do branco com o negro, contava-se com o 'clareamento' gradual e permanente da pessoa, mas jamais se cogitava a hipótese de que a mestiçagem gerava o 'enegrecimento' da população", escreve.












Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u965.shtml (Haroldo Ceravolo Sereza, 30, é jornalista e editor. Publicou, entre outros, "Processos-Crime: Escravidão e Violência em Botucatu" (Alameda), de autoria de César Múcio Silva.)

2 comentários:

Coca disse...

Apesar da sociedade brasileira não assumir abertamente que é racista, existe sim um racismo a flor da pele, e não apenas da elite. Não acredito nesta visão radical. O racismo da elite é o do dinheiro e não o da cor da pele.
E mais, eu acho que existe mais racismo de cor na população de cor mesmo. Por exemplo, conheço muitas pessoas mulatas que acabam tendo algum nível de preconceito com pessoas mais escuras (mulatos também ou negros)... O racismo é o resultado da ignorância das pessoas. Isso atinge a elite, a classe média e as classes baixas... Idiotice é um fenômeno democrático!!!... ;-)

Unknown disse...

E pegando uma carona no que o Coca disse, o racismo foi "inventado" na era moderna, ou qu deveria ser chamada de moderna.
O homem evolui com suas máquinas e retrocede em relação a sua própria espécie!

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